Síon O Guerreiro Luz

Capítulo IV - O Leão Das Garras De Prata

   Ao entrar na caverna Síon logo sentiu um forte cheiro de carne podre, havia morcegos  por toda parte e havia muito pouca iluminação. Síon a cada passo que dava, sentia mais curiosidade para ver o que mais havia naquele local sinistro. O cheiro de carne morta foi ficando cada vez mais forte e depois de andar muito, ele encontrou esqueletos humanos  e percebeu que aquela caverna não era apenas a morada de morcegos. Resolveu então voltar  e pedir informações aos outros guerreiros, mas quando deu o primeiro movimento para trás ouviu um intenso rugido ensurdecedor  O barulho foi tão forte que pedras começaram a cair do teto da caverna, e os morcegos voaram todos, formando uma nuvem de trevas. Síon percebeu que estava em apuros e começou a correr para a saída, porém novamente um rugido ainda mais forte abalou tudo, e dessa vez fazendo com que as pedras que caíam tampassem a saída. Síon então só teve a opção de seguir em frente e tentar achar outra saída.
   Síon continuou andando por horas, e o forte rugido continuou sendo escutado. Síon ficou pensando no que fazer, e pensava também num animal que desse aquele rugido tão tenebroso. Até que em um pulo, um imenso leão apareceu em sua frente. Síon  caiu no chão e ficou paralisado tamanho era seu medo.
   O leão tinha presas enormes e garras que mais pareciam imensas lanças,   prontas para dilacerar o que lhe viesse pela frente. Além de serem garras anormais comparadas as garras de um leão comum, Síon percebeu que as garras emitíam um brilho em incomum. Então o jovem garoto viu aterrorizado que as garras daquela fera eram de prata. Síon nunca soube de nenhum leão com garras de prata, e seu medo foi aumentando mais ainda. Pensou em correr e foi isso que fez, mas essa ação só provocou ainda mais a ira do leão das garras de prata, que saiu em disparada atrás de Síon.. Síon corria desesperadamente, mas não conseguia ganhar distância do leão que a cada minuto que passava ficava mais irado. Foi então que o pior aconteceu. Síon tropeçou numa pedra do chão e caiu em cima das ossadas humanas que ele havia visto quando estava adentrando na caverna pela primeira vez. Então Síon percebeu que o leão não enxergava muito bem pois quando caiu o leão não o atacou, mas sim deu um golpe com as garras na parede, julgando ser o garoto. Síon sabia que tinha de pensar rápido pois o leão poderia e com certeza iria matá-lo. Então Síon lançou uma pedra contra a parede , e o leão saiu em disparada atrás do barulho pensando ser Síon. Aproveitando que o leão estava do outro lado da caverna, o pequeno garoto pegou uma espada enferrujada em meio a ossadas de guerreiros que tentaram frustante-mente derrotar o leão, e a fincou contra rochas, de modo que a ponta da espada ficasse apontada em direção ao interior da caverna. Depois disso, Síon correu para o outro lado da caverna e jogou outra pedra, dessa vez arremessou perto do lugar onde tinha fincado a espada nas rochas. Novamente  o leão correu atrás de barulho que ouviu, julgando que era sua vítima. Deu um grande pulo e no momento em que pensava que tinha encurralado sua presa, o leão se chocou fortemente contra a espada que estava fincada nas rochas da parede. A espada perfurou o coração da fera, que urrou de dor e caiu morto. Aquele fora o fim do Leão Das Garras De Prata. Síon caiu exausto no chão, mal podia ele acreditar que havia conseguido vencer daquele forte e perigoso oponente. Ele acabava de encontrar a prova de sua força.

O leão das Garras De Prata.